O mapa de risco para supermercado é uma representação gráfica de quais riscos as pessoas estão sujeitas em um determinado ambiente. Esse risco pode ser químico, físico, biológico, ergonômico e de acidentes.
Preparar um mapa de risco auxilia no planejamento de ações que garantam a segurança das pessoas que trabalham e que frequentam o local. Por isso, é fundamental que você elabore um para o seu supermercado. Neste artigo você irá entender o que é um mapa de risco, se ele é obrigatório e como fazer o seu próprio mapa. Boa leitura!
Entenda o que é um mapa de risco
Um mapa de risco é um documento cujo objetivo é indicar e quantificar os riscos em cada uma das instalações de uma empresa. Ele é elaborado a partir da planta baixa do local ou de uma imagem aérea no caso de trabalhadores que atuem fora de uma instalação física.
Cada risco é representado por um círculo de uma cor diferente, conheça quais são esses riscos e como eles são representados:
- Risco biológico: representado pela cor marrom. Ele indica o risco do funcionário estar exposto a vírus, bactérias, protozoários, fungos e parasitas;
- Risco químico: indicado pela cor vermelha. Neste caso o funcionário pode estar exposto a poeiras, neblinas, vapores, fumos e a substâncias químicas diversas;
- Risco físico: o verde é utilizado na representação, quando há exposição a barulho, calor, frio, umidade, vibrações, pressão e radiação, seja ela ionizante ou não-ionizante;
- Risco ergonômico: indicado pela cor amarela. Utilizando quando o funcionário precisa levantar e transportar objetos pesados manualmente, quando o trabalho exige uma postura inadequada ou exercício físico intenso, jornadas longas de trabalho, movimentos repetitivos;
- Risco de acidentes: representado pela cor azul. Indica que há equipamentos sem proteção no local, que a iluminação não é adequada, quando há risco de explosão ou incêndio, presença de animais peçonhentos, ferramentas com defeitos ou inadequadas.
Cada um desses riscos é representado por um círculo, seguindo-se a seguinte classificação:
- Pequeno: risco pequeno ou médio e que já tenha sido controlado;
- Médio: risco médio ou grande que pode ser controlado;
- Grande: risco grande que pode resultar em mutilação, doença ou morte. Neste caso o risco não pode ser neutralizado, controlado ou reduzido.
Mas, eu preciso mesmo fazer um mapa de risco do supermercado?
Conforme a legislação brasileira, toda empresa que possui a partir de 20 funcionários deve formar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Os membros da CIPA são os responsáveis pela elaboração do mapa de risco, devendo contar com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho.
Após a elaboração do mapa de risco, é preciso que ele fique exposto em um local visível, e que todos os funcionários que trabalham naquela área ou setor tenham acesso a ele. Se a empresa não seguir a norma regulamentar e não fizer o mapa de risco ela poderá ser multada. O valor da multa pode variar entre R$ 350 e R$ 3.500.
Como fazer o mapa de risco para supermercado
Como você viu a multa para a empresa que não elaborar o mapa de risco é alta, portanto, você não vai querer correr esse risco, certo? Nesta parte deste artigo vamos te mostrar o passo-a-passo para a elaboração do mapa de risco para supermercado.
Formação da CIPA
Se o seu supermercado ainda não possui uma CIPA, então esse será o primeiro passo. A formação dessa comissão é feita com base na Norma Regulamentadora 5 e deverá seguir as regras ali descritas.
De modo geral ela é composta por funcionários que são escolhidos pela diretoria da empresa para serem os seus representantes e por funcionários escolhidos através de eleição pelos demais colaboradores para serem os seus representantes.
Além da elaboração do mapa de risco, caberá a essa comissão investigar acidentes de trabalho, avaliar e controlar a implementação de medidas para prevenção de acidentes, dentre outras.
Elaboração da planta baixa
O próximo passo na elaboração do mapa de risco para supermercado é a elaboração da planta baixa. Isso consiste em ter uma esquematização da área ou setor do supermercado em que o mapa será feito. Assim, se o local possui dois pisos, então uma planta e um mapa de risco deverão ser feitos separadamente.
Lembre-se de incluir prateleiras, geladeiras, freezers, caixas convencionais e de autoatendimento, ilhas e qualquer outro item que haja no seu supermercado. Vale mencionar que a área de escritório também deverá ter o seu próprio mapa de risco.
Identificação dos riscos
Em seguida, é preciso identificar o risco para cada uma das áreas. Esta etapa pode ser feita apenas pela CIPA, mas geralmente envolve a visita dos membros da comissão ao local e uma conversa com os funcionários que trabalham naquela área para identificar quais são os riscos presentes no local.
Os riscos mais comumente relatados nos mapas de supermercado são choques elétricos, devido aos freezers e geladeiras, queda de produtos, risco de escorregar enquanto a limpeza é realizada, riscos ergométricos por carregar produtos pesados, lesões por esforços repetitivos dos caixas e cortadores de frios.
Lembre-se que depois de identificados, os riscos devem ser classificados em biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e acidentes. Além disso, eles também deverão ser quantificados para que sejam representados no mapa de risco pelos círculos.
Elaboração do mapa de risco para supermercado
Agora que você já identificou, classificou e quantificou todos os riscos, chegou o momento de colocar essa informação no mapa de risco do supermercado. Não há necessidade de identificar os riscos individualmente, mas apenas incluir os círculos com as cores e tamanhos adequados em cada área da planta.
A etapa final da elaboração do mapa de risco consiste em incluir uma legenda e fixá-lo na parede, em um local que seja visível e todas as pessoas que trabalham naquela área tenham acesso a ele.
Vale lembrar que, caso haja modificações no layout do supermercado, o mapa de risco precisará ser revisado e as modificações incorporadas. O mesmo é válido para alterações em processos, como o uso de empilhadeiras para a movimentação de estoque.
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