Por Nayara Santos em 03.03.2020

Por que você precisa usar a Análise SWOT em sua empresa?

Por Nayara Santos em 03.03.2020

Não é à toa que a análise SWOT é um dos modelos analíticos mais conhecidos no mundo empresarial. Sua aplicação ajuda a gestão a compreender tudo o que envolve o negócio, desde seus pontos fortes até as ameaças externas. Com tais informações, fica mais fácil tomar decisões eficientes.

A gestão de um empreendimento envolve diversas tomadas de decisão que, juntas, determinam o sucesso ou fracasso do negócio. Para que sejam eficientes, elas devem considerar não apenas o ambiente interno da empresa, mas também a situação da concorrência, as tendências do público e as mudanças que podem impactar o mercado.

Isso se torna ainda mais relevante no cenário atual, em que a transformação digital acelera o desenvolvimento do mercado e cria desafios cada vez maiores para os gestores. Assim, é preciso embasar as tomadas de decisão em um entendimento aprofundado sobre a empresa e tudo o que a envolve.

E é aí que entra a análise SWOT. Esse modelo de planejamento estratégico pode ser implementado em companhias de todos os tamanhos, desde que considere suas peculiaridades. Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe!

O que é a análise SWOT?

A análise SWOT, também conhecida no Brasil como matriz FOFA, é um sistema analítico utilizado para o desenvolvimento de planos estratégicos. Seu objetivo é realizar um mapeamento completo sobre os elementos considerados essenciais para o desenvolvimento da empresa, tanto no ambiente interno quanto externo.


Esses elementos são responsáveis pelo nome desse modelo analítico. Na nomenclatura inglesa, as iniciais das palavras strengths, weaknesses, opportunities e threats formam o acrônimo SWOT. Na versão brasileira, a tradução dos mesmos termos forma a sigla FOFA: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças.

Acredita-se que, a partir do conhecimento sobre as características externas, é possível prever ameaças e oportunidades para o empreendimento. Além disso, olhando para dentro da empresa, fica fácil enxergar seus pontos fortes e fracos, o que abre espaço para a implementação de melhorias.

Para melhor compreender e visualizar os fatores que devem ser analisados, a análise SWOT deve ser disposta em forma de quatro quadrantes.

Os quadrantes ligados ao ambiente interno focam nas forças e fraquezas da companhia, enquanto os relacionados ao ambiente externo buscam antecipar as oportunidades e ameaças que possam estar se desenvolvendo no mercado. No próximo tópico, falaremos mais sobre esses elementos.

O que significa cada elemento que compõe uma análise SWOT?

Nesse ponto você já sabe que a chave para a realização da análise SWOT está no entendimento sobre as forças e fraquezas da empresa, além das oportunidades e ameaças presentes no mercado. Mas o que exatamente são esses elementos? É o que você vai conferir a seguir!

Strengths (Forças)

O quadrante destinado às forças da empresa deve listar os diferenciais competitivos que a caracterizam. Imagine, por exemplo, que você é dono de um e-commerce que tem o serviço de frete grátis mais qualificado do mercado. Trata-se, portanto, de um ponto forte que deve ser valorizado e mantido nas operações.

É importante ressaltar que as forças da empresa devem ser elementos que, de fato, fazem parte de sua cultura e estratégia. Se a entrega gratuita for oferecida apenas por algum período, não englobando todas as vendas da loja, ela não deve ser listada como ponto forte.

Embora o quadrante de forças considere o ambiente interno da empresa, manter um olho na concorrência é sempre fundamental. Afinal, vantagens competitivas só podem ser identificadas a partir de uma comparação com os serviços dos competidores.

Weaknesses (Fraquezas)

Se o quadrante de forças remete aos pontos fortes, o de fraqueza foca no calcanhar de aquiles da companhia. Durante a elaboração da matriz, você deve identificar os elementos que precisam ser melhorados para possibilitar uma competição mais intensa por parte do seu negócio.

De novo, vamos imaginar o exemplo do e-commerce. Como você sabe, a experiência do consumidor é determinante para sua decisão de compra, especialmente em lojas digitais. Portanto, um site pouco responsivo e lento no carregamento pode repelir possíveis clientes, logo, deve ser considerado uma fraqueza.

Ao identificar e listar todas as fraquezas que o seu negócio tem em relação aos competidores, é possível começar a busca por soluções apropriadas.

Opportunities (Oportunidades)

O reconhecimento de oportunidades pode representar um salto significativo nos resultados da empresa. Isso porque, ao mapear os elementos externos que influenciam o negócio, é possível localizar lacunas que você pode preencher para expandir suas operações, aumentar sua parcela do mercado ou simplesmente inibir a competição.

Pense, por exemplo, em uma estratégia de Marketing Digital. Ela só é efetiva se acertar nos canais de comunicação com a persona. Em tempos em que redes sociais surgem e desaparecem de acordo com as tendências da internet, identificar redes em crescimento pode fazer sua marca largar na frente na corrida pela presença digital.

Outro exemplo comum que envolve o marketing na internet é o uso da análise SWOT para a busca por palavras-chave. Encontrar os termos que tendem a se popularizar em um futuro próximo pode impulsionar a criação de conteúdos que realmente engajem o consumidor.

Threats (Ameaças)

A ideia da busca por oportunidades é refletida, de forma reversa, na busca por ameaças. Esse quadrante da matriz deve ser preenchido com os elementos que colocam em risco os resultados da empresa em curto, médio e longo prazo. Isso pode envolver ações de competidores, entrada de novos agentes no mercado e até o cenário político.

Por exemplo, se o governo sinaliza a possibilidade de passar leis que possam afetar o negócio, isso deve ser considerado uma ameaça. Da mesma forma deve ser encarada a entrada de um gigante no mercado.

Identificar com antecedência essas ameaças dá à gestão a possibilidade de elaborar planos para se prevenir e encontrar soluções a fim de reduzir o dano causado por esses fatores.

Como a análise SWOT pode impactar seus resultados?

Realizar uma análise SWOT significa adotar uma posição menos reativa e mais proativa. Em outras palavras, sua empresa tem a oportunidade de se preparar para o que está por vir, em vez de apenas aguardar os acontecimentos para, então, se posicionar.

Na prática, isso tem o potencial de impactar positivamente seus resultados, já que coloca a companhia em uma posição privilegiada. Ao entender as oportunidades que estão surgindo no mercado, você pode se programar para explorá-las antes de seus concorrentes, o que acaba fazendo toda a diferença.

Da mesma forma, identificar ameaças evita imprevistos e permite um espaço de tempo mais confortável para a busca por soluções. Quer um exemplo prático? Em fevereiro de 2020, entra em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados, que vai alterar toda a regulação sobre o tratamento de dados de usuários.

Se sua companhia trabalha com o Data Mining e realiza a análise SWOT com certa frequência, ela já está se preparando para se adequar às novas exigências. Por outro lado, uma empresa que não dá atenção às ameaças externas pode ser pega de surpresa e acabar sofrendo danos financeiros e institucionais.

Olhando mais para os fatores internos, a análise SWOT também apresenta impactos significativos. Afinal, apenas conhecendo os pontos fortes e fracos da sua empresa você pode tomar medidas para potencializar os aspectos positivos e aprimorar os negativos.

Como realizar a análise SWOT em sua empresa?

O primeiro passo para a realização de uma análise SWOT na sua empresa é reunir um grupo qualificado de pessoas para pensar sobre os elementos envolvidos na matriz. A ideia é organizar um verdadeiro brainstorming, de modo que seus colaboradores, gestores e até clientes possam trazer insights valiosos.

Faça questionamentos pertinentes

Para que o resultado seja efetivo, é fundamental fazer as perguntas certas. São elas que vão direcionar o grupo para um entendimento sobre as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças relacionadas ao negócio. Para o primeiro quadrante, ligado aos pontos fortes, estas questões podem ser utilizadas:

O que somos bons em fazer?

  • Qual é nosso principal diferencial competitivo?
  • O que fazemos que ninguém mais faz?
  • Quais benefícios são oferecidos a nossos colaboradores?
  • O que deixa nossos clientes satisfeitos?

O próximo passo é identificar os pontos fracos no ambiente interno da companhia. Mesmo que pareçam difíceis de mudar, esses elementos devem estar sempre à vista dos gestores, para que possam ser controlados e, quando possível, solucionados. Algumas perguntas que podem ajudar nesse quadrante são:

O que nossos concorrentes fazem melhor que nós?

  • Quais são os feedbacks negativos de nossos consumidores?
  • O que é considerado ruim por nossos colaboradores?
  • Que fatores atrasam o alcance de nossos objetivos?
  • Quais tecnologias fazem falta em nossas operações?
  • Como podemos melhorar?

Em seguida, é necessário olhar para o ambiente externo, começando pelas oportunidades. Mapeie todo o ambiente que cerca o seu empreendimento e encontre os fatores que podem ser explorados em prol da empresa. Para incentivar a criatividade, utilize perguntas como estas:

Quais mudanças na legislação poderiam ajudar nosso negócio?

  • Como está o desenvolvimento do mercado?
  • O atual cenário político e econômico pode nos afetar positivamente?
  • Quais oportunidades ainda não exploramos?
  • Existem soluções para diminuir nossos gastos?

Por fim, é hora de focar nas ameaças, ou seja, os elementos que apresentam algum tipo de risco para o negócio. Identificá-las com antecedência pode fazer toda a diferença no planejamento estratégico para lidar com esses aspectos. Confira algumas questões pertinentes:

Quem são e como estão nossos principais competidores?

  • Existem novos agentes no mercado que podem ameaçar nosso negócio?
  • Nossa base de clientes está em queda?
  • Nossos custos de produção são altos demais ou estão em crescimento?
  • Nossos fornecedores são os melhores possíveis?
  • Existem novas tendências que podem atrapalhar o negócio?

Elabore e execute a estratégia

Depois de explorar a fundo todos os elementos que compõem a análise SWOT, é hora de colocar a mão na massa. A matriz de quatro quadrantes serve como uma representação gráfica de fatores que você deve levar em consideração na montagem de um planejamento estratégico. Agora, é hora de decidir como lidar com eles.

Para tal, é importante filtrar os resultados da análise, já que o grande volume de informações pode criar certo desafio. Decida quais são as prioridades e encontre soluções considerando a situação atual da empresa, dos competidores e do mercado em geral.

É crucial que, ao executar a estratégia desenvolvida, você defina métricas que possam ser utilizadas para sua avaliação. Assim, junto com uma realização periódica da análise SWOT, você garante um processo de constante otimização.

A análise SWOT é uma ferramenta analítica fundamental para o desenvolvimento de qualquer negócio. Como aborda tanto os fatores internos quanto os externos, a matriz promove uma compreensão completa sobre tudo o que influencia a empresa. Dessa forma, é muito mais fácil tomar decisões que sejam, de fato, eficientes.

Agora que você sabe mais sobre a matriz FOFA, que tal continuar o aprendizado? Neste post mostramos como aplicar a análise SWOT em uma situação específica: a elaboração da estratégia do seu e-commerce. Confira!

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