A transformação digital no setor de varejo vem ocorrendo há anos. Aumentou a velocidade, a eficiência e a precisão em todos os ramos de negócio, graças, em grande parte, aos dados avançados e sistemas de análise preditiva que estão ajudando as empresas a tomar decisões orientadas por dados.
Nenhuma dessas ideias seria possível sem a Internet das Coisas (IoT) e, mais importante, a inteligência artificial. A IA capacitou as empresas com dados e informações de alto nível, alavancados em operações aprimoradas de varejo, marketing e novas oportunidades de negócios.
Segundo dados da Meticulous Research, a inteligência artificial no varejo deve expandir em uma taxa de crescimento anual de 35,9%, entre 2019 e 2025, atingindo 15,3 bilhões de dólares até 2025.
Neste artigo nós analisamos a influência da inteligência artificial no varejo e explicamos como ela pode ser aplicada ao seu negócio. Confira!
A influência da inteligência artificial no varejo
O dinâmico setor de varejo de hoje se baseia em uma nova aliança de experiências de compra orientadas por dados e em expectativas crescentes dos consumidores. Mas oferecer uma experiência de compra personalizada em grande escala — relevante e valiosa — não é tarefa fácil para os varejistas.
Com os varejistas adotando constantemente novas estratégias para permanecer à frente, muitas empresas estão implementando tecnologias baseadas em inteligência artificial em seus fluxos de trabalho. Por exemplo, agora podemos ver a IA em lojas de varejo por meio de robôs e sistemas de compras.
A tecnologia também está desempenhando um papel nos bastidores em análise de varejo e automação de estoques. Por meio de uma combinação de análise de dados, aprendizado de máquina e dados de treinamento de qualidade, os sistemas de IA estão ajudando os varejistas a responder às perguntas dos clientes, oferecer melhores recomendações e aprimorar o gerenciamento de inventário.
As previsões mais inteligentes
Com base nos dados coletados, os modelos de inteligência artificial podem desenvolver imagens muito mais precisas de tipos, quantidades e cores de produtos que provavelmente serão vendidos dentro de um determinado período. A tecnologia analisa vários cenários em tempo real, incluindo comportamento do cliente, tendências da moda, clima e muito mais que os varejistas podem usar para determinar o que esperar no futuro.
Este é um desvio significativo do cenário anterior, em que os varejistas faziam previsões cegas com base na intuição e nos dados de vendas anteriores. Ainda assim, a maior parte dessa previsão seria puramente focada nas quantidades de produtos a serem estocados.
Os robôs que fazem o escaneamento de prateleiras
Acompanhar quais itens estão nas prateleiras ou nas vitrines e identificar aqueles que precisam de reabastecimento é uma das tarefas mais desafiadoras e demoradas do setor de varejo. Felizmente, a tecnologia robótica também pode ser usada para ajudar os varejistas a gerenciar seu inventário.
Em 2017, o Walmart anunciou a implantação de robôs de escaneamento de prateleiras em 50 de suas lojas nos EUA. Desenvolvidos pela empresa Bossa Nova Robotics, com sede na Califórnia, os robôs com menos de 1 metro de altura são equipados com câmeras que permitem digitalizar prateleiras e identificar itens que estão faltando, que foram extraviados, rotulados incorretamente ou com preços incorretos. As informações são então repassadas aos funcionários humanos, que reabastecem manualmente as prateleiras e corrigem outros erros identificados.
Segundo a empresa, os robôs são mais precisos, três vezes mais rápidos e 50% mais produtivos que os funcionários humanos, que só têm tempo para verificar as prateleiras duas vezes por semana. Esses robôs não pretendem substituir os seres humanos por completo, mas sim ajudá-los a fazer seu trabalho com mais eficiência.
O uso de assistentes virtuais
Existem algumas soluções de IA, incluindo chatbots e outros sistemas sofisticados, projetados para interagir mais pessoalmente com os seres humanos. Isso torna possível automatizar o atendimento ao cliente, com os chatbots atualmente em uso para oferecer atendimento e suporte confiáveis.
Muitas empresas já usam chatbots para ajudar seus clientes a fazer compras exatamente como um agente de varejo faria. Exemplos incluem Starbucks e Pizza Hut. Essa é uma área particularmente promissora para o futuro da inteligência artificial, pois fornece espaço para os chatbots rastrearem o comportamento do cliente e melhorarem suas experiências de compra. Uma maneira de aplicar os dados coletados seria recomendar produtos ou serviços com mais precisão com base nessas informações.
Os aplicativos que melhoram a experiência do cliente
Uma das maneiras pelas quais as empresas podem melhorar a experiência do cliente e aumentar as vendas é observando seus hábitos de compra ou comportamento na loja. Embora os vendedores possam ser limitados em suas observações e interpretações, os sistemas de IA suportados pela tecnologia CFTV podem ser treinados para entender tendências complexas em cenas de varejo complexas e criar relações precisas entre o comportamento do cliente e o layout do produto nas lojas.
Com o aprendizado de máquina, os sistemas inteligentes podem analisar tendências ao longo do tempo e relacionar vários arranjos de produtos com compras e, em seguida, criar recomendações sobre a melhor forma de organizar as lojas para melhorar a experiência do cliente e aumentar as vendas. Os melhores layouts de produtos podem melhorar a maneira como os compradores interagem com os produtos, além de comercializar e vender de forma sutil e eficaz os produtos relacionados.
A importância da IA no setor de varejo
Além da inteligência comercial e da velocidade absoluta que essas tecnologias podem fornecer, a transformação digital no varejo está simplesmente diferenciando negócios bem-sucedidos daqueles que estão ficando ultrapassados. Existem inúmeros benefícios que podem ser creditados à inteligência artificial no varejo, mas aqui estão alguns dos principais em que os varejistas podem contar.
Cativar clientes
Com uma infinidade de concorrentes inovadores que oferecem aos compradores experiências de compras imersivas, os varejistas tradicionais precisam envolver os clientes de uma maneira personalizada e relevante, única e inspiradora em todos os pontos de contato.
Criar experiências melhores
Para gerar interesse contínuo, os varejistas precisam diferenciar seus produtos e oferecer aos consumidores serviços e experiências atraentes. Ao integrar a análise preditiva para obter mais insights do mercado, os varejistas podem liderar com a inovação, em vez de reagir à mudança.
Sincronizar varejo offline e online
Os canais de compras digitais e físicos normalmente operam sob um conjunto diferente de iniciativas e abordagens, mas tratá-los como unidades de negócios distintas adiciona atrito aos clientes que buscam uma experiência de compra ininterrupta e leva a ineficiências operacionais.
Capacitar redes de logística flexíveis
Para atender a uma ampla gama de demandas dos clientes que estão passando do convencional para o nicho, os varejistas precisam repensar sua cadeia de suprimentos tradicional em favor de ecossistemas adaptáveis e flexíveis que possam responder rapidamente aos comportamentos de mudança dos consumidores.
Em resumo, o cenário do varejo está mudando rapidamente. O recente aumento do comércio online, que ofereceu aos clientes velocidade e conveniência sem precedentes, teve um impacto tremendo em suas expectativas. Como resultado, os varejistas foram forçados a alterar drasticamente suas estratégias adotando tecnologias emergentes, como é o caso da inteligência artificial e robótica.
Sejam usados para aprimorar o processo de design, fabricar camisetas e sapatos, gerenciar inventário, antecipar demanda futura, rastrear e entregar remessas ou otimizar rotas de entrega, a inteligência artificial no varejo deverá desempenhar um papel ainda mais proeminente nos próximos anos, revolucionando todas as partes da cadeia de varejo no processo, desde a fabricação até a entrega da última milha.
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